Para tentar desenhar uma ponte entre a linguagem cinematográfica e uma linguagem ainda não firmada da Realidade Virtual nos parece necessário rever a história do cinema em um sentido próximo a da arqueologia das mídias como propõe Elsaesser (2018), das espectatorialidades e também da miseen-scène, pois o fator mais explícito que diferencia os dois suportes – e que acaba também aproximando-os – é a questão espacial. Interligando essas importantes teorias e práticas do cinema e seguindo o argumento de que “ os atuais ambientes tecnológicos de imersão e de agenciamento estão promovendo a ocorrência de um fenômeno novo, que poemos definir como uma hiperbóle do sujeito” (MACHADO, 2009, p.75, grifos do autor), uma radical ampliação da ideia de narciso como narcose que McLuhan (2002) já atevia para o interator com as mídias em 1964.
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